Juiz acata denúncia contra dupla que espancou PM até a morte

Alan Patrick Schuller e Wesdra Victor Galvão de Souza foram filmados agredindo Roberto de Souza

A Justiça acatou a denúncia feita pelo Ministério Público Estadual e tornou réus Alan Patrick Schuller e Wesdra Victor Galvão de Souza, acusados de espancar até a morte o policial militar Roberto Rodrigues de Souza.

A denúncia foi aceita pelo juiz Murilo Moura Mesquita, da 1ª Vara Criminal de Várzea Grande.

O crime aconteceu no dia 26 de julho em uma distribuidora em Várzea Grande.

Os dois homens vão responder por homicídio doloso, quando há intenção ou assume-se o risco de matar. Agora inicia-se a fase de instrução, com a intimação dos réus para apresentação de resposta à acusação.

Desta etapa, o juiz deve partir para as audiências onde as testemunhas serão ouvidas e Alan e Wesdra, interrogados.

A denúncia, assinada pelo promotor de Justiça Mauro Benedito Pouso Curvo, é do dia 21 de agosto.

Conforme a acusação, na data do crime, Alan e Wesdra saíram do bar Bodega, em Cuiabá, cada um acompanhado de uma mulher, e decidiram parar na distribuidora para usar o banheiro.

A discussão entre a vítima e Alan começou no sanitário masculino, quando Roberto começou a usar o vaso sanitário com a porta aberta de frente para o banheiro feminino, onde a acompanhante do agressor estava.

A discussão evoluiu e o militar chegou a tentar dar um soco no agressor, porém não conseguiu. Na sequência, o acusado já vai para cima de Roberto e começa a espancá-lo.

É nesse momento que Wesdra se junta ao amigo e, juntos, a dupla segue a sessão de espancamento contra a vítima.

Na denúncia do MPE, o promotor classificou a cena, gravada pela câmera de segurança, como “brutal e selvagem”.

E também lembrou o fato dos acusados seguirem batendo em Roberto mesmo quando ele já estava caído desmaiado, identificando que ambos “assumiram o risco de matá-lo”.

“A quantidade dos golpes desferidos pelos denunciados [...] revela a exagerada crueldade empregada, que serviu para causar sofrimento desnecessário à vítima. Fato que caracteriza a qualificadora do meio cruel”, diz trecho da denúncia.

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